E quando um desconhecido...
Sempre ouvi dizer que quando menos esperamos o príncipe ou a princesa encantado(a) aparece. Portanto, o melhor é nem pensarmos nisso. Seguir a nossa vidinha sem relembrar desgostos do passado e aqueles(as) idiotas que tanto nos magoaram. Afinal de contas, para toda a panela existe uma tampa (ou não...)!
E quando menos esperamos aparece um(a) desconhecido(a) no supermercado, no ginásio, a passear o cão (ficaria aqui eternamente a enumerar possíveis locais, por isso adiante!) que, pelos vistos, acredita no amor à primeira vista. Lança-nos aquele olhar à el matador, aos quais os(as) mais despistados(as) poderão não reparar e aí o(a) apaixonado(a) poderá insistir e adotar uma estratégia mais agressiva. Por agressiva entenda-se algo como tentar estabelecer um diálogo um quanto forçado e até despropositado. Imagine que a situação ocorre no supermercado. Passa-me pela cabeça perguntas do género: "Por favor, sabe dizer-me onde estão os limões?" e o(a) visado(a) "Desculpe, mas eu não sou empregado(a) no supermecado." O indivíduo não entende aquela resposta como um sinal claro e explícito de que a pessoa não está minimamente interessada em conhecê-lo e de que não tem qualquer hipótese. Continua a insistir empreendendo uma quase perseguição pelo supermercado. A pessoa visada acaba por nem encher o carrinho de compras com a lista que tinha em mente e foge do supermercado como o Diabo foge da cruz, rezando para nunca mais se cruzar com aquele(a) cromo.
Por isso, às vezes, termos um dia igual aos outros é tão bom!
Mas não fiquem tristes se estas situações estão sempre a ocorrer. Eu ainda acredito, afinal de contas a esperança é a última a morrer. Quiçá outro dia não aparece o(a) tal!