As maldades da minha infância
Antes de mais quero dedicar este post à minha querida irmã Carla.
Espero que te rias ao ler algumas das maldades que te fiz em criança.
Quem disse que as crianças são uns amores sem maldade no coração anda a viver noutro planeta. Pelo menos, da minha experiência, posso eu falar.
Sendo eu a irmã mais nova, confesso que fiz a vidinha negra à minha querida irmã.
Com aquela carinha de traquinas, também não enganava ninguém! Quer dizer...enganava sim, a minha própria irmã e os meus pais! Que inocentes...
Eu fazia as asneiras, arranjava forma de colocar as culpas na minha irmã e ela acreditava! Fantástico!
Ora vejam alguns destes meus inúmeros episódios:
Durante as férias de verão passava sempre uns diazinhos na aldeia transmontana dos meus avós maternos. Diga-se de passagem, que adorava lá estar! Era jogar às escondidas, à apanhada, à garrafinha de veneno, ao stop até às tantas (penso que era até à meia noite hora em que as luzes públicas, na altura, se apagavam). Confesso que tenho saudades desses belos velhos tempos que já lá vão!
Numa certa noite, aqui a malandra fez xixi na cama. Com medo de levar um grande sermão da minha avó, encostei-me à minha irmã que dormia comigo e desviei-me do local da cama "mijado" por mim. A minha irmã acorda, dá-se conta que está molhada e fica baralhada: "Não me lembro de ter sonhado com xixi!". A rapariga ficou a pensar que tinha sido ela a sujar a cama. Adivinhem quem levou com o sermão? A minha irmã, claro! Acreditou que tinha sido ela a cometer o delito!!! Extraordinário...
Acabei por lhe confessar esta maldade, mas anos mais tarde, obviamente!
Outra das coisas que eu tinha gosto em fazer era por defeitos na minha querida irmã. "Que gorda estás!"; "Despe-me já essa roupa, é horrível!". Com uma irmã como eu, quem precisa de inimigos?
No Natal o meu pai tinha por hábito comprar uma caixa com chocolates (geralmente Mars ou Snickers). Durante as férias, tínhamos direito a comer um por dia. Esperava sempre que a minha irmã devorasse o dela para depois comer o meu em frente dela, bem devagarinho, mesmo a meter nojo. O engraçado é que ela me pedia sempre um bocadinho, ao que eu lhe respondia prontamente: "Comesses o teu mais devagar!".
Mas amor de irmã não se destrói assim com coisinhas de nada. Apesar de tudo, eu sei que ela me adora! Esses traumas fazem parte do passado...ou não!