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French, Biscuit & Fit

ser Criativo, ser Saudável, ser Fit!

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French, Biscuit & Fit

14
Ago20

Top 5 das músicas mais irritantes nas redes sociais

Sandra Veigas Coelho

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Eu sei que muitos(as) vão ficar chateados(as) com este post, é a vida!

 

Gostos não se discutem e acreditem, quando abro stories no instagram e os meus ouvidos têm a infelicidade de se depararem com uma destas 5 músicas, o meu humor vira logo, e se já estiver de mau humor... fujam de mim!

 

 

Curiosos(as)? Preparem os vossos tímpanos... cá estão elas:

 

1- Master KG - Jerusalema

2- Aya Nakamura - Djadja

3- Guila Be- Menina Solta

4- Melim- Ouvi dizer

5- Surf Mesa- ily

Querem acrescentar mais alguma música ao top?

Aguardo a vossa opinião nos comentários! 

 

03
Jun20

Porque há dias assim...

Sandra Veigas Coelho

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De há uns dias para cá tenho sentido a minha energia a derrapar para picos negativos. Não gosto de sentir-me assim, alguém gostará?

Serão os efeitos da lua? Acredito que influencie o nosso humor, por exemplo. 

No meu caso talvez seja uma mistura.

A verdade é que algumas datas marcantes acabaram mesmo de passar por mim. Por mais que tente ignorá-las ou esquecê-las, é simplesmente impossível: 

Como esquecer o dia em que perdemos quem amamos? 

Como superar essa dor? Como gerir a saudade imensa?

Pode passar um ano, uma década, e tudo continua aqui, a dor, a saudade. A única diferença é que com o passar do tempo vamo-nos conformando e aceitando. Por vezes, aceitar pode levar anos. Talvez haja quem nunca aceite e entre numa espiral de revolta, tristeza, depressão e, com certeza, a pessoa que perdemos não iria querer nada disso.

Mas palavras são fáceis de escrever, de dizer... Gerir o turbilhão de sentimentos não é fácil. 

Temos de aceitar : nem todos os dias são bons; nem todos os dias têm de ser maus. 

A vida é feita de momentos. Os nossos momentos. Com as pessoas que amamos. Só eles importam. Esqueçamos os demais!

Aproveitemos os bons, tentemos superar os maus. Sem uns os outros não existiriam, e vice versa. Tal como o ying e o yang. 

Chore se tiver vontade; ria se lhe apetecer.

Pare de lamentar-se; supere os obstáculos que a vida lhe coloca.

Nos dias em que se sentir como me sinto hoje, triste, desanimado(a), escreva, desabafe com alguém, chore se preciso for. Depois irá sentir-se melhor pois amanhã é um novo dia e novas oportunidades se irão abrir mesmo que não as consiga ver logo à primeira! 

E lembre-se:

A caminhada por vezes parece ser demasiado longa, difícil, dura... mas com perseverança conseguirá alcançar a meta.

 

 

 

 

 

20
Mai20

As peripécias das aulas online

Sandra Veigas Coelho

Nos últimos meses o covid19 alterou por completo a vida quotidiana de todos nós.

Quem imaginaria vivenciar uma pandemia?

Sinceramente, eu nunca pensei que teria de usar máscara para ir ao supermercado e manter a distância de segurança de 2 metros; não cumprimentar os meus amigos com dois beijinhos; muito menos imaginei que iria lecionar aulas à distância.

Os professores rapidamente tiveram de adaptar-se a esta nova modalidade de ensino, e eu, que até sou desenrascada na área da informática e das ferramentas WEB, rapidamente me adaptei a essa nova realidade. No entanto, até aos que se acham mais experientes acontecem "acidentes" de percurso...

Fez todo o sentido frequentar uma ação de formação sobre ferramentas WEB. Mais é sempre melhor!

Na formação, para que formador e formandos possam comunicar é usada uma plataforma de videoconferência. Na semana passada, achei que deveria alegrar aquela malta e resolvi fazer uma brincadeira: coloquei como imagem de fundo um rapaz jeitoso deitado numa cama tapado com um lençol. Ao ter a minha webcam ligada e acessível àquela videochamada, formador e restantes formandos (colegas professores) viam-me, em primeiro plano, e atrás de mim, em segundo plano, aparecia a foto do tal rapaz musculado e desnudo. Foi uma risota total, claro!

Sempre ouvi falar maravilhas do MacBook e por isso há cerca de três anos resolvi adquirir um. Mas este maravilhoso computador por vezes esconde documentos que abrimos e não minimizamos... Quando resolvi mostrar o tal rapagão, saquei a foto da web e colei-a num documento do word. Durante a formação fui abrindo várias janelas para ir fazendo os meus trabalhos e aquele documento ficou para ali perdido...

Hoje, um dia "normal" de aulas, comecei com duas aulas presenciais e, de seguida, fui para casa para lecionar uma aula à distância aos meus meninos do 3º ciclo.

Liguei a plataforma de videoconferência, convidei os meus alunos a acederem à mesma e iniciamos a aula. Partilhei o meu ecrã com os alunos da turma, resolvemos em conjunto um exercício oralmente, e seguidamente abri um documento word para registar as respostas. Ao carregar no ícone do word, qual o meu espanto quando aparece o bendito deus grego deitado na cama? Confesso que me comecei a rir, pedi desculpa aos meninos, expliquei que tinha sido uma brincadeira, abri um documento em branco e continuei a minha aula. Penso que a maioria dos alunos não terá visto a imagem, pois ficou na tela apenas segundos. Mas que fiquei atrapalhada, fiquei! Mas que me ri, confesso que ri!  E o riso chegou às lágrimas quando relatei o sucedido a uma amiga...

 

 

 

 

05
Abr20

Como ocupar o tempo na quarentena

Sandra Veigas Coelho

Estando eu em quarentena voluntária há já 3 semanas e 2 dias, decidi escrever este post com algumas sugestões de como ocupar o seu tempo.

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  1. Lá porque não há horas para acordar, mesmo que não esteja em teletrabalho, acorde cedo! Ficar na cama até à hora de almoço não vai ser nada produtivo e com o passar dos dias a tendência é ficar frustrado(a). 
  2. Planeie o seu dia com diversas atividades (se estiver a trabalhar a partir de casa, fixe um horário para o mesmo):
    • leitura;
    • exercício físico - há uma infinidade de vídeos disponíveis no youtube/instagram/facebook com circuitos que poderá executar em casa;
    • arrumar a casa a fundo. Sim, aquela limpeza a fundo que tem deixado sempre para as férias e nunca a realizou como deve ser, aproveite agora que não tem desculpas!
    • cozinhar e aprender a confecionar novas receitas (arrisque afinal tem tempo) e de preferência saudáveis. Aproveite esta altura para se alimentar "bem", comer alimentos "bons", pesquise pois há tantas receitas e muitas delas a baixo custo! Invista na sua saúde! Já agora pode espreitar as "minhas" receitas...
    • aprender algo novo! Uma língua; tricot, costurar, pintar uma tela...
    • dedique-se àquele projeto que foi deixando para trás! 
    • trate de si, da sua pele (rosto e corpo), do seu cabelo (faça uma máscara uma vez por semana). Não se abandalhe! Se nos desleixarmos com a nossa imagem a tendência é a autoestima ir abaixo e estando confinados em casa precisamos de nos sentir bem na nossa pele!
    • oiça música!
    • durma 7/8h por dia;
    • e saia apenas de casa para o estritamente necessário! 

Não poderia abandonar este post sem antes fazer alguns agradecimentos.

Obrigada a quem abaste e trabalha nos supermercados e a todos os técnicos de saúde que têm sido incansáveis! Obrigada a todos os que continuam a trabalhar noutras áreas para que continuemos no conforto dos nossos lares.

São tempos estranhos os que vivemos hoje. Não irá ficar tudo bem para muitos de nós mas há que manter a fé e a esperança. Para que tudo corra no melhor panorama possível,  àqueles que não se encontram a trabalhar, fiquem em casa!

Coragem e força a todos nós! 

17
Mar20

Quando de repente tudo muda...

Sandra Veigas Coelho

Apesar de nunca o ter dito em voz alta, sempre tive a noção de que tinha nascido com sorte.

Nasci no:

  • século certo;
  • no lugar certo;
  • no continente certo. 

Há uns tempos comentei com alguém que a idade média me fascinava, no entanto, teria detestado viver naquela época: muita miséria, falta/ausência de higiene, a inquisição e para completar o cenário ainda temos a peste negra que dizimou um terço da população europeia.  

Portugal pode ser um país pequeno e "pobre", no entanto, é tão bom viver por cá. Paz, segurança, um clima ameno, paisagens para todos os gostos, culinária fantástica, pessoas calmas (por vezes, até em demasia!). Podemos não ser ricos, mas à nossa maneira, vivemos felizes no nosso cantinho). E haverá maior riqueza que essa?

A Europa é aquele continente com história. Os europeus aventuraram-se e foram descobrindo novas terras. Os nossos antepassados foram lutadores e passaram por imensas provações. Somos o velho mundo e isso ninguém nos pode "roubar"!

E agora, em pleno século XXI eis que aquele mundo em que eu vivia desaba por completo. Acontece o impensável: a Europa é "atacada" por um inimigo que não se vê, não se ouve, mas anda por toda a parte como se de Deus se tratasse. No entanto, ao contrário de um Deus misericordioso, esse "inimigo" mata sem dó nem piedade. E num continente dito desenvolvido, aquele que conquistou noutros tempos o resto do mundo, vê-se encurralado.

Corona, covid19, o vírus que tem tirado o sono a milhares de pessoas; que encerrou nas suas próprias casas os habitantes da Itália, de Espanha e, não tardará muito, do resto dos habitantes dos países europeus (o quanto antes, melhor!).

Acordamos para uma dura realidade de um dia para o outro. Não estamos preparados para isto. Mas afinal, será que custará assim tanto? Só nos pedem que fiquemos em casa até a pandemia acalmar. Haverá graves consequências económicas e financeiras, mas será que nesta altura é o mais importante? A vida humana não deverá ser sempre o mais relevante?

Avizinham-se tempos difíceis. Mas há quem por este mundo fora, nem tenha um teto! Não tenha comida! Viva em cenário de guerra. Não estarão estas pessoas numa situação muito pior que a nossa? 

Convido a todos os que lerem este post à reflexão.

Muitos já morreram e muitos mais irão morrer, não tenham dúvidas, mas quando tudo isto terminar, porque irá terminar, teremos de tirar uma lição! Temos absolutamente tudo para sermos felizes mas a nossa ganância faz-nos querer sempre mais e mais. 

Afinal, o que é realmente importante?

 

 

 

 

 

 

22
Nov19

Os 5 perfis do ser humano

Sandra Veigas Coelho

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A reflexão é algo essencial para nós, seres humanos, podermos evoluir enquanto pessoas. Evoluir no bom sentido, para crescermos como pessoas, aprendermos a sermos melhores. Para tal, não basta olhar apenas para o lado bom, mas também para o lado mais sombrio.

Hoje decidi dedicar-me ao tipo de pessoas que nos rodeiam, não esquecendo que também nos enquadramos num dos perfis ou talvez sejamos um pouquinho de cada um. 

 

***

Viver em paz e harmonia com quem nos rodeia não é tarefa fácil.

As pessoas sempre foram complicadas. Não é de hoje, nem de ontem... É assim agora e sempre o será. O ser humano é complexo, cheio de virtudes e com imensos defeitos também! 

Para simplificar, decidi "classificar" as pessoas que nos rodeiam e que convivem connosco no dia-a-dia em cinco categorias/perfis:

1- o/a coitadinho/a;

2- o/a gabarolas/"Sabe-tudo";

3- o/a interesseiro/a;

4- o/a ingénuo/a;

5- o/a frontal/ bruto/a.

Na 1ª categoria encontramos aquele tipo de pessoa que passa a vida a lamentar-se. Para ela tudo corre sempre mal e a culpa da sua vida estar assim, por incrível que pareça, nunca é dela, será sempre de outrem.

Quando se depara com gente assim, pare um pouco e pense: será que é assim tão desgraçadinho/a como diz ser? Será que a vida desse indivíduo é assim tão má? Se refletir 5 minutos irá verificar que essa pessoa até tem uma vida boa, talvez mesmo melhor que a sua (e você nunca se queixa ou raramente o faz pois nem sequer lhe dá oportunidade mesmo que o quisesse fazer). Por isso, não tenha pena. Quem está mal, tem de mudar algo na sua vida, e lamentar-se de nada adianta. Às vezes essas pessoas apenas fazem a "fita" para que tenham pena dela e assim tentar tomar partido em variadas situações. 

 

O Gabarolas é aquele tipo de pessoa que sabe tudo, contrariá-lo está fora de questão: é dono da verdade e mais ninguém. Se Deus existe no Céu, o Gabarolas existe na terra! O Gabarolas sente a necessidade de ser idolatrado, é egocêntrico por natureza e a atenção tem de estar sempre centrada nele. Lidar diariamente com um gabarolas pode levar mesmo à exaustão emocional. É um espécimen a evitar; se tal for impossível, ignore-o, deixe-o falar, mas atenção, ele tem de entender que você não está "nem aí" para aquilo que ele diz. Acredite que o gabarolas o deixará em paz num ápice e procurará uma nova presa!

 

Na 3ª categoria encontramos o interesseiro.

O ser humano é interesseiro por natureza, disso não há qualquer dúvida. No entanto, há pessoas que ultrapassam a escala e levam o interesse acima de tudo: da amizade, do respeito...

Um interesseiro é facilmente detetável, e infelizmente há quem prefira estar na companhia de alguém assim do que estar sozinho. Acreditem, é muito melhor estar só do que mal acompanhado! Sim, um interesseiro é a pior companhia que alguém poderá desejar. Sabem porquê? Porque esse tipo de pessoa só estará consigo enquanto tiver algum tipo de interesse; quando deixar de lhe ser útil esse "amigo" irá descartá-lo da mesma forma como você manda para o lixo um par de cuecas velhas.

 

Depois vem o ingénuo. O ingénuo é aquela pessoa que acredita em tudo o que lhe dizem. Não vêm maldade em nada. Na perspetiva do ingénuo, toda a gente é honesta, bonita e "boa". Sou sincera, por vezes não tenho paciência para indivíduos assim. "Acordem para a vida! ", apetece-me dizer-lhes. Geralmente, essas pessoas nunca tiveram de enfrentar, até aquele dia, grandes dificuldades na vida, nem financeiras, nem familiares, nem amorosas e, por isso, como a vida até lhes corre bem, acreditam ainda no Pai Natal e na Fada dos Dentes. Por vezes, também gostaria de ser assim, até certo ponto, acho que talvez sinta uma pontinha (ou "pontona") de inveja por essa categoria de seres... Afinal de contas o ignorante não é sempre o mais feliz?

 

Avançando na lista, encontramos aquele tipo de ser humano que quase ninguém aprecia, o frontal, que muitas vezes é apelidado de bruto. E porquê? Porque esse tipo de indivíduo diz o que pensa, é direto e se lhe pedir uma opinião ele irá ser sincero e dizer o que realmente acha, e não aquilo que quer ouvir. E por isso, muitas vezes essas pessoas não têm muitos amigos, porque a maioria prefere andar iludida. Mas como diz o velho ditado, amigos verdadeiros contam-se pelos dedos de uma mão e sobrarão dedos. Mil vezes um bruto que no fundo só quer o nosso bem, do que um interesseiro que só dá graxa para obter o que quer.

 

Todos temos um pouco dessas 5 categorias no nosso sangue, mas umas numa percentagem mais elevadas do que outras. Não invejem os outros, não desejem o mal ao próximo e hajam de forma a dormir de consciência limpa.

E acima de tudo, sejam felizes! 

 

 

 

 

18
Abr19

Afinal serei feliz?

Sandra Veigas Coelho

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Quem nunca ouviu falar no provérbio popular: "A galinha do vizinho é sempre melhor que a minha!"? 

A realidade é que a maioria de nós pensa que a vida dos outros é melhor. Mas se pensa assim, desengane-se: ninguém é permanentemente feliz.

Todos nós vivemos momentos que podem ser pautados por tristeza, aborrecimento, alegria, felicidade, angústia... Ninguém está constantemente feliz.

Contudo, a verdade, é que muitas pessoas vivem a maior parte do seu tempo angustiadas e/ou infelizes. As razões podem ser tantas:- insatisfação no trabalho; - falta de valorização profissional ou pessoal;  -relações amorosas autodestrutivas; -infidelidade do(a) parceiro(a)... Esse panorama é assustador pois esse sentimento de impotência perante a perspetiva de ser feliz (ter momentos felizes) pode levar a doenças do foro psicológico como, por exemplo, a depressão.

Pergunto-me eu: quem nunca passou por um trabalho da qual não gosta, ou quem nunca teve uma relação amorosa ou mesmo uma amizade que correu mal? Afinal, a vida não é um mar de rosas para ninguém. Todos nós, mais cedo ou mais tarde, nos deparamos com problemas. Há que ter força e coragem para saber enfrentar dificuldades em vez de cair no abismo. 

O que levará as pessoas a conseguirem dar a volta por cima? O que faz com que as pessoas entrem num abismo? Qual a diferença entre esses dois “tipos” de pessoas?

A resposta está em nós. Há pessoas que gostam delas próprias e há outras que não.

Para conseguir ser forte e se sentir bem, tem de aprender a gostar de si, aceitar os seus defeitos e conseguir ser feliz mesmo estando sozinho(a). Quando conseguir atingir esses 3 "objetivos", acredite que tem tudo para enfrentar os dilemas que a vida lhe vai apresentar e a ter muitos momentos felizes, seja acompanhado(a) ou sozinho(a).

Goste de si como é.

Aceite o que a vida lhe dá.

Aproveite todos os momentos bons.

Tire uma lição das situações difíceis.

Não inveje a vida dos outros.

Deseje o bem.

Aprenda a ser feliz!

 

15
Jan19

O segredo da longevidade

Sandra Veigas Coelho

Quem nunca ouviu os mais velhos dizerem: "Quem me dera ter a tua idade e saber o que sei hoje!".

Desde pequenina que me lembro de ouvir a minha avó materna (conhecida lá na aldeia transmontana por Tia Maria Boa) recitar esta frase. 

A Tia Maria Boa, é uma mulher pequenina, magrinha mas muito rija, com os seus 91 anos de vida e experiência. Com a idade, começou a dizer tudo o que lhe vai na real gana, pois agora, quem a poderá reprimir? A anciã da aldeia pode tudo! Até disparar meia dúzia de palavrões numa só frase! Se bem que por terras de trás-os-montes, é tudo dito de uma forma tão natural que ninguém leva a mal, e se levar...temos pena!

Nas férias de Natal, a minha irmã e eu, rumamos para terras nortenhas para visitá-la. Num certo dia, em conversa com a minha tia-avó e as suas filhas, descobri que algo agoniava a Tia Maria Boa. Uma das suas queridas sobrinhas não lhe tinha comprado suficientes caixas de aspirinas (vindas lá de França, pois pelos vistos as portuguesas não prestam) e pior do que isso, a minha avó dizia não ter dinheiro para lhas pagar (na brincadeira, se bem que se poder safar-se da dívida...).

A verdade, é que há pelo menos 30 anos que a minha avó extorque aspirinas, ora ao filho, meu tio, que está emigrado por terras gaulesas, ora às suas sobrinhas. E se lhe faltarem aspirinas francesas a Maria Boa transforma-se em Maria Ruim ficando logo danada e, por conseguinte, doente 

Moral da história: se quiserem viver cerca de 9 décadas (ou quiçá mais), a partir dos 60 anos, segundo a sabedoria da Tia Maria Boa, emborcar uma aspirina por dia, não sabe o bem que lhe faria!

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13
Dez18

Uma aventura de Natal por terras transmontanas

Sandra Veigas Coelho

Hoje vou compartilhar convosco uma das minhas aventuras de Natal que aconteceram na minha adolescência.

Estava eu no 1º ano da faculdade (18 aninhos, uma criança ainda!) e nas férias de Natal, os meus pais decidiram ir visitar os meus avós à aldeia transmontana, inserida no Parque Natural de Montesinho, Caravela. Desenganem-se que por aquelas bandas não há mar...Mas há chuva e neve, e quando há, se há!

A aldeia faz parte de um conjunto de aldeias ao qual se chama Lombada. Mais precisamente, Alta Lombada (também existe a Baixa Lombada, em que poderá encontrar a famosa aldeia de Rio de Onor).

Nestas aldeias, na quadra natalícia, os rapazes das diferentes aldeias, organizam festas - as chamadas "Festas dos rapazes". Preparam o almoço, jantar, festas com bandas  populares e DJ's. Em troca há que não falhar as "alvoradas", ou seja, às 6h da manhã, faz-se a ronda à aldeia acompanhando os gaiteiros e bumbos a espalharem a sua música pelas ruas. Também não se pode falhar a ida às missas na aldeia e nas aldeias vizinhas, com risco de se pagar uma severa multa se estas obrigações não forem cumpridas - pensavam que era só encher o bandulho de borla e dar um pé de dança à noite? 

Estas festas costumam começar dia 24 de dezembro e terminam a 30. Todos os dias há festa numa das aldeias e às vezes até em duas. E não pensem que as festas começam às 22h e terminam à 1h! Por vezes são 6h da manhã e o pessoal sai direto da festa para ir para as alvoradas! Gente rija e corajosa!

Ora numa destas noites, havia festa em duas aldeias (Babe e São Julião). O pessoal da minha aldeia tinha decidido ir para São Julião, mas a minha irmã, uma amiga e eu estávamos mais inclinadas para ir até Babe...mas e boleia? Não havia! O sangue transmontano que nos corre nas veias, encheu-nos de coragem! Agarramos numa lanterna e toca de ir a pé, pelo monte, até à aldeia vizinha.

Estávamos nós a meio caminho (cerca de 10 minutos a pé), noite cerrada, um frio de rachar e dizia a minha amiga: "A única coisa que me poderia assustar seria agora passar um javali!", eu na minha inocência pensava que os javalis nunca andariam tão perto das povoações, mas pelos vistos, sim!

Mas o que realmente nos veio a assustar naquela noite não foi nenhum porco selvagem...foi mesmo uma máquina agrícola de tamanho gigante que do nada aparece! Ora no pânico da situação, pois não queríamos que ninguém nos visse a andar a pé (que humilhação, credo!), a minha irmã e a nossa amiga atiraram-se para o lado direito do caminho, escondendo-se atrás duns arbustos, e eu sem ver um boi pela minha frente (pois a lanterna estava com a minha amiga), fui para o lado esquerdo. Mas o que me aguardava não era um arbusto, mas um buraco, onde caí direitinha que nem um fuso! A máquina passou (penso que não nos viu) e eu lá saí do buraco, com as calças sujas de lama e as mãos em ferida.

Chegadas à aldeia, toca de ir à fonte lavar as mãos e dar um jeito às calças (água fresquinha como podem imaginar, o facto é que as mãos ficaram imediatamente desinfetadas e impecáveis!).

A realidade é que chegado ao recinto da festa, todas as pessoas nos perguntaram se tínhamos vindo a pé, e nós, com a maior das latas respondíamos: "Claro que não!". 

Finalmente, a festa na outra aldeia estava muito melhor!

Nem sempre fazemos as melhores escolhas e eis um bom exemplo.

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Feliz Natal a todos(as) 

 

 

02
Dez18

Uma história de Natal à portuguesa, com certeza!

Sandra Veigas Coelho

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Nesta época do ano não falar do Natal é quase impossível. Mesmo que se queira desligar desta quadra, dificilmente o irá conseguir: anúncios de televisão que prometem um presente fantástico de Natal, resumindo o mesmo ao puro consumismo, filmes, músicas natalícias a tocar em todo o lado... enfim, só se se trancar em casa e não ligar a TV e não tocar no telemóvel/PC é que poderá, quiçá, esquecer que estamos quase a chegar ao dia do nascimento de Cristo.

Hoje, ao ir ao supermercado, não pude escapar de pensar nesta quadra e veio-me à memória uma história de Natal realmente hilariante que decidi compartilhar convosco.

Tinha eu 14 anos de idade, a minha família (pais e irmã) tinha-se mudado há cerca de 3 meses na cidade onde atualmente moro. Acabamos por conhecer e fazer amizade com os vizinhos (um casal com dois filhos com idades aproximadas da minha e da minha irmã) que moravam na porta ao lado. 

No dia 1 de dezembro, é costume as famílias irem buscar o pinheiro e decorá-lo. Os nossos vizinhos, como uma família normal, também gostavam desta tradição.

Como o nosso país está cheio de pinheiros, para quê gastar dinheiro na compra de um? À bom tuga, o Sr. Titinha (era assim que o chamávamos) e o seu filho Paulo, foram à mata buscar um.

Pinheirinho instalado em casa do sr. Titinha e sem gastar um tostão, tudo correu de feição!

Mas, de repente, o apartamento foi invadido por um cheiro nauseabundo... O que poderia ser? 

Voltando um pouco atrás na história, quando arrancaram o pinheiro, no caminho para o carro arrastaram-no...e quando o mesmo chegou  ao destino estava cagado...

Mas para tudo há remédio, e por isso, agarraram no dito pinheiro, e toca de o colocar na banheira e dar um banho ao fedorento

E lá estava ele no canto da sala, imponente, cheio de luz e cor! E cheiroso!!!

Era uma vez a história de um pinheirinho que se quis vingar de quem lhe arrancou a vida!

 

Feliz Natal a todos vocês! 

 

 

Imagem tirada do site: https://www.vvale.com.br

 

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